No mês passado, em abril, o Bitcoin subiu 33%, mas o preço de fechamento permanece ainda com quatro dígitos, US$ 9.244.
Em 31 de março, a criptomoeda foi negociada, no fim do dia, a US$ 6.926.
Os dados da cotação do Bitcoin foram extraídos da CoinDesk.
O valor de mercado do Bitcoin, por volta das 21 horas de 01/05/2018 (BRT), estava acima de 543 bilhões de reais. Há pouco mais de 17 milhões de BTC em circulação.
A maior companhia brasileira, a Ambev S.A., possui valor de mercado de R$ 366,8 bilhões.
O impacto da desvalorização cambial no preço do Bitcoin
Em abril, o Dólar subiu cerca de 6%, negociado então em 30/04/2018 a R$ 3,50. É o maior valor da moeda desde junho de 2016, na véspera do impeachment da ex-presidente Dilma.
A valorização do Dólar é a mais alta entre os principais índices econômicos no mês. O Ibovespa subiu 0,88%, e já acumula uma rentabilidade de 12,71% neste ano.
Assim, convertido na moeda brasileira, o aumento do preço do Bitcoin foi ainda maior, superior a 41%.
Alta volatilidade do Bitcoin
Apesar da valorização da criptomoeda, o preço ainda está longe do topo histórico, registrado no ano passado. Em meados de dezembro de 2017, o Bitcoin chegou ao patamar de quase 20 mil dólares.
Aliás, uma das características das criptomoedas é justamente a alta volatilidade. A cotação pode ser comparada a um passeio de montanha-russa.
Em janeiro, o Subsecretário de Serviços Financeiros e do Tesouro de Hong Kong, Joseph Chan, disse que a cobertura da mídia, bem como a intensa publicidade em torno das criptomoedas, como o Bitcoin, despertou o interesse de muitos investidores. Mas o público pode estar usando as criptomoedas como ferramenta especulativa, sem a compreensão de sua natureza e dos riscos.
Portanto, as criptomoedas são produtos de alto risco, e que não se encaixam comumente no perfil dos investidores. Na realidade, as criptomoedas são mercadorias virtuais, e não possuem qualquer fidúcia estatal.