Ibovespa se aproxima dos 70 mil pontos: e se começar a cair agora?

Ontem, 21, o principal índice de ações da BM&FBOVESPA, o Índice Bovespa – Ibovespa, superou os 69 mil pontos. Desde 2 de abril de 2011, o índice permanecia abaixo dessa marca.

Queda do Ibovespa
Um dia tipicamente “sangrento” na Bolsa

Nos últimos 365 dias, o Ibovespa acumula um aumento de 59,71%, e não demonstrou ainda sintomas de arrefecimento. Somente em 2017, o índice já cresceu 14,65%.

Apesar do franco entusiasmo do mercado acionário, que aposta na perspectiva positiva do País, a reação econômica ainda não veio. E, muito provavelmente, também não poderá vir ao longo de 2017.

Portanto, a crise ainda persiste, indiferente à escalada do Ibovespa. Contudo, há, sim, divergência quanto ao início do restabelecimento econômico. Em entrevista publicada nesta semana, o professor João Sicsú afirmou que não há nenhum sinal de recuperação da economia. Diferentemente do professor, na mesma semana, o presidente do Banco Santander concluiu que o Brasil voltou a crescer.

Fato é que, independentemente de quem esteja certo, caso a expectativa de recuperação econômica não se concretize, ou na iminência de outro acontecimento relevante despontar, é natural que o rally do índice termine. Se o Ibovespa cair, o que planeja fazer? E, inversamente, se subir?

O que é o Ibovespa?

O Ibovespa é uma carteira teórica dos ativos mais negociados e representativos do mercado de ações brasileiro. As regras do índice estão descritas no manual de definições e procedimentos dos índices da BM&FBOVESPA.

Dessa forma, o Índice Bovespa espelha o desempenho das principais ações da bolsa de valores, sobretudo de grandes companhias do setor de commodities e do setor financeiro.

O que fazer se o Ibovespa começar a cair em 2017? E se não cair?

Ao contrário do que muitos se vangloriam, não é possível prever com precisão os rumos do mercado acionário. Senão, se fossem previsíveis, os mercados de ações não poderiam ser chamados de “renda variável”.

Logo, em vez de se arriscar para tentar prever o futuro, o investidor deve planejar detalhadamente a sua estratégia, de acordo com o seu perfil. Longe de adivinhar se vai cair ou não, é preciso saber como agir nas duas hipóteses, ou até mesmo optar por estratégias que não levam muito em conta essas possibilidades.

Por exemplo, para quem prefere adotar uma estratégia alheia ao índice, pode buscar manter empresas que pagam bons dividendos e juros sobre capital próprio, eventos que remuneram o acionista mesmo quando o mercado de ações está em baixa. Uma carteira de ações mais conservadora pode incluir empresas bem administradas, de setores cuja atividade não varia muito em razão da crise e do boom econômicos.

Além disso, para aqueles que desejam perseguir maiores ganhos, é possível escolher a dosagem exata do risco. Nessa hipótese, é adequado que o investidor adote os chamados stop loss e stop gain. Enquanto o primeiro determina qual será o ponto de saída, delimitando o prejuízo, o segundo estabelece um teto dos ganhos. Então, nessa situação, o investidor normalmente saberá o quanto poderá perder ou ganhar, sem sustos.

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