Candidatos à presidência amenizam o “tom”; eleitorado, não

Na primeira semana de campanha do segundo turno, candidatos à presidência amenizaram o tom da campanha.

Candidatos amenizam o "tom" da campanha eleitoral

Ao contrário dos candidatos, eleitorado acirrou ainda mais os ânimos, com o aumento de provocações e boatos dos dois lados.

Internet e eleições

A Internet está se consolidando como o principal veículo de comunicação eleitoral nestas eleições, substituindo o rádio e a televisão.

A organização em rede e a troca instantânea de mensagem permitiram que os eleitores participem ativamente da campanha dos candidatos. Planos de governo, discursos, informações pormenorizadas da vida até mesmo privada de cada um dos candidatos, tudo isso, antes praticamente inacessível em burocráticos cartórios eleitorais, está hoje em dia a um clique, na “palma da mão”.

No entanto, o que parecia utópico, uma “sociedade da informação”, unida através da cibernética, parece que não é o bastante.

Em vez da troca de informações úteis e propositivas, a Internet se transformou em campo de batalha durante as eleições.

Cuidados ao fazer pesquisas na Internet e compartilhar ou comentar notícias nas redes sociais

Inegavelmente, a guerra de trincheiras dividiu a população. Do lado do Bolsonaro, estão os “fascistas”, e do outro, de Haddad, os “corruptos”, como um extremo denomina o outro. Antes, os dois lados eram taxados, respectivamente, de “coxinhas” e “mortadelas”.

Há também aqueles que estão no meio do front, “fuzilados” pelos dois grupos, os “isentões”.

Assim, o primeiro desafio do próximo presidente será apaziguar os ânimos brasileiros, para terminar o mandato governando o mesmo país.

Candidatos amenizaram o “tom” da campanha no segundo turno

Apesar da disputa no segundo turno, Bolsonaro e Haddad apresentaram os maiores índices de rejeição entre os candidatos. A propósito, a rejeição de ambos era maior do que os votos obtidos.

A rejeição não aparece nas urnas como um dado tangível, mas pode ser crucial reduzi-la para vencer a eleição presidencial.

Portanto, tanto o candidato do PSL quanto o do PT amenizaram o discurso já na primeira semana de campanha do segundo turno.

Um indício interessante é o reposicionamento quanto à necessidade de promulgar uma nova Constituição, pelo menos é o que dizem.

Haddad declarou na segunda-feira (8) que desistiu de uma nova constituinte, e disse ainda discordar de José Dirceu. Enquanto, na mesma data, Bolsonaro descartou completamente a constituinte, e desautorizou o vice.

Quando vai ser o segundo turno das eleições?

O segundo turno das eleições será realizado no dia 28 de outubro, domingo, em todo o País, das 8 às 17 horas. A apuração do resultado começará logo depois do encerramento, às 17 horas.

Eleitores do Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe escolherão também o próximo governador e vice no segundo turno.

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